Como nos tornamos o que somos hoje?
Vou falar aqui sobre a teoria evolucionista.
A evolução não e aquela escadinha clichê, naquele sentido
linear que aprendemos na escola, como se fossemos um melhor que o outro ao
longo do tempo. Na verdade a evolução é como uma arvore genealógica da sua
família, com varias ramificações. Somos parentes uns dos outros. Uma espécie da
origem a outras, algumas deixam de existir e as mais adaptadas seguem adiante.
Somos primatas, tivemos um ancestral comum com os macacos,
não viemos do macaco, o macaco não evoluiu até chegar no seu estado mais avançado, o ser humano, mas sim tivemos um ancestral comum. Isso claro segundo a
teoria evolucionista, de Darwin.
A grande contribuição de
Darwin para a teoria da evolução foi a ideia da seleção
natural. Ele observou que os seres vivos sofrem modificações
que podem ser passadas para as gerações seguintes.
No caso das
girafas, ele imaginou que, antigamente, haveria animais de pescoço curto e
pescoço longo. Com a oferta mais abundante de alimentos no alto das árvores, as
girafas de pescoço longo tinham mais chance de sobreviver, de se reproduzir e
assim transmitir essa característica favorável aos descendentes. A seleção natural nada mais é, portanto, do
que o resultado da transmissão hereditária dos caracteres que melhor adaptam
uma espécie ao meio ambiente. [...]
A 7 milhões de anos começa essa historia,
primeiramente temos que pensar, por que nos evoluímos? Adaptação!
Fomos nos
adaptando ao ambiente, éramos presas fáceis, existiam animais mais rápidos, ferozes e inteligentes, com o passar de milhares de anos e
devido a algumas mudanças climáticas e terrestres os nossos ancestrais foram se adaptando
e evoluindo. Claro que essa evolução ocorre durante milhares de anos. Tentamos dominar a natureza, tínhamos polegares que nos permitiam
fazer movimentos em forma de pinça, o que nos ajudava a pegar coisas. E para liberar as mãos para outro uso alem da locomoção fomos desenvolvendo uma postura ereta.
Muita gente se pergunta por que nos evoluímos, e nossos
primos macacos não? Quem disse que não?
“Seres humanos, chimpanzés, micos-estrela,
macacos-prego, muriquis e tantas outras espécies possuem um ancestral comum.
Isto não quer dizer que o muriqui veio do macaco-prego, ou que o homem
veio do chimpanzé ou de alguma outra espécie hoje existente”, afirma o mestre
em primatologia Ivan Campos, do Instituto Chico Mendes. “Quer dizer que,
em um momento no passado, uma espécie se dispersou por diferentes
ambientes, sofreu isolamento entre suas populações, enfrentou pressões
diferentes nos diferentes ambientes, acumulou modificações sofridas ao
longo das gerações e deu origem a diferentes espécies de primatas.”
Muitos primatas evoluíram, mas de formas diferentes cada
um se adaptou conforme o ambiente em que vivia e suas necessidades, muitas
pessoas acham que todo primata ou animal deveria evoluir como o ser humano, que todo animal tem que virar no final da sua evolução um ser humano,
como se fossemos a melhor espécie, a mais inteligente, e adaptável, um grande
erro comum, que nos mostra como o ego do ser humano evoluiu.
“Estaria o ser humano tão apto a
sobreviver em seu ambiente como seus parentes primatas? Em caso
afirmativo, por que então o ser humano destrói tanto o ambiente em que vive e
os recursos de que ele mesmo necessita? É de se pensar, não é?”, provoca o
pesquisador.
É de se pensar, não é?!
Para entender
melhor essa arvore genealógica:
- Cada barra colorida representa o intervalo
de tempo que se acredita que cada espécie viveu, com base nos fósseis
encontrados até agora. As barras pontilhadas indicam os descendentes. Pesquisadores
diferentes fazem essas ligações de maneiras distintas, preservando a mesma
sequência cronológica.
- Sob o nome de cada espécie, você encontra
as áreas em que a maioria dos fósseis foi encontrada.
- Os números em branco dentro das barras
coloridas indicam aproximadamente quantos fósseis de indivíduos distintos de
cada espécie foram encontrados.
- Como você pode observar, algumas regiões
estão vagas, com pouquíssimos indivíduos conhecidos – muitos deles
representados apenas por um dente ou fragmento de osso. As conexões evolutivas
entre os australopitecos e o Homo erectus,
incluindo as relações evolutivas entre as espécies de hominídeos Homo
habilis, ergaster e erectus, ainda precisam de muitos
esclarecimentos.
- Quatro espécies humanas propostas pela
literatura científica – H.
floresiensis, H. pekinensis, H. georgicus e H. rhodesiensis – foram omitidos da árvore
genealógica.
Foi na áfrica oriental que
apareceram os primeiros australopithecus, que são considerados os primeiros
hominídeos. E ate a década de 1970 tínhamos como primeiro dos homens, ou
primeiro descendente dos seres humanos de forma direta “Lucy” que tem aproximadamente
3,2 milhões de anos. O nome “Lucy” escolhido pelos arqueólogos foi uma
homenagem a musica dos Beatles, Lucy In The Sky With Diamonds.
Lucy
é uma australopithecus afarensis, como podemos ver na imagem disposta
anteriormente. Uma das características marcantes de Lucy é o tamanho de seu cérebro: 450 cm³ . Um pouco maior que o cérebro de um chimpanzé moderno.
Reconstrução A. Afarensis (Lucy).
Depois
da descoberta de Lucy arqueólogos nos anos 90, descobriram outro australopithecus,
o australopithecus ramidus, ai que entra “ardi” (que significa solo), um australopithecus ramidus com 4,4 milhões de anos, existiu na Etiópia, o mais antigo dos ancestrais hominídeos. Tinha uma capacidade craniana de 410 cm³, ou seja, três vezes menor
que a do Homo sapiens.
Reconstrução A. Ramidus (Ardi).
Até então "ardi" era o hominídeo
mais antigo encontrado, mas as pesquisas não param, arqueólogos encontraram recentemente os restos de
um hominídeo de aproximadamente 7 milhões de anos. Chamado de
“Toumai” (“esperançá de vida” na linguagem local) um Sahelanthropus
tchadensis. Encontrado em 2001, no deserto no norte do Chade site Djurab. Que hoje é
considerado o mais antigo representante da humanidade, se ele é da família dos
humanos ou dos chimpanzés ainda não podemos afirmar antes de encontrar novos
fosseis. Por isso hoje ele para muitos cientistas é considerado o “elo perdido”
que separou a linhagem humana da linhagem dos chimpanzés. A
analogia mais adequada para entender essa história é pensar nas espécies como
membros de uma família. Considerando que esse primata é o avô da família, os
chimpanzés não são nossos "pais", mas nossos "primos".
Reconstrução S. tchadensis (Toumai).
Nunca
vamos conseguir definir exatamente como e quando começou a evolução não temos
um ponto inicial exato, talvez o inicio dessa evolução tenha sido o inicio da
vida na terra.
Enfim, milhões de anos atrás um ancestral nosso percebe que consegue pega o osso com as mãos,o australopthecus graças ao seu polegar, consegue fazer movimentos em
forma de pinça, consegue pegar pedras e ossos, com isso quebrar outros ossos, e se
defende. Ai começa o processo de evolução, ele começa a perceber a natureza de
outra maneira. Percebe que pode usar esse osso como uma extensão do seu corpo, e ao longo de anos usa isso de diversas maneiras.
Outro
fator importante para nossa evolução é o bipedalismo, começamos então a andar sobre as duas pernas,
justamente para deixar as mãos livres, para pegarmos coisas, comida no chão, e nos defendermos.
A utilização de ferramentas chega junto com o bipedalismo.
Então a aproximadamente 2 milhões de anos atrás, ainda no continente africado surge o homo habilis (homem habilidoso). Os cérebros dos H. habilis eram grandes, cerca de 550 a 680 cm³ e as mãos eram habilidosas, muito uteis em uma vida nômade nas savanas do leste da Africa, alimentavam-se de carne, carniça, frutos e vegetais. Ele tem a habilidade de confeccionar
instrumentos, de fazer ferramentas. O Homo habilis cria lanças, e vira exímio caçador, e com
isso, passando a utilizar cada vez mais as mãos o homem vai ganhando uma
postura cada vez mais ereta, aprendendo a se equilibrar melhor em duas pernas.
Reconstrução H. Habilis.
A partir disso, por volta de 1,8 milhões de anos atrás surge o homo erectus, provável descendente do homo habilis. O homo erectus que tem esse nome devido sua postura ereta, surge na áfrica mas começa a se espalhar pelo
mundo, fabricava instrumentos de pedra mais complexos e cobria o corpo com peles de animais. Vivia em grupos de vinte a trinta membros e utilizava uma linguagem mais sofisticada e esse mesmo homo erectus teria sido também responsável a
aproximadamente 500 mil anos atrás pela descoberta do fogo. Descoberta essa
fundamental para que pudéssemos sobreviver a uma era glacial, cozinhar nossos
alimentos, e nos proteger na escuridão dos nossos predadores animais.
Reconstrução H. Erectus.
Seguindo
essa caminhada evolutiva chegamos a 350 mil anos atrás, quando surge aquele que
muita gente considera nosso ancestral direto e alguns consideram nossos primos, o Homem de Neandertal (Homo neanderthalensis), esses homens foram responsáveis pela invenção da
linguagem, não como a entendemos hoje, claro. Mas uma forma mais primitiva.
Eles também começaram a desenvolver conceitos de ritual funerário e de família. Por
isso acredita-se que eles foram os primeiros a acreditar no sobrenatural, por
que em sepulturas foram encontradas objetos e flores, que só podiam ter como objetivo essa ligação com o metafísico.
Os neandertais compartilham 99,7 por cento de seu DNA com os humanos modernos, mas apresentam diferenças morfológicas muito específicas.
Ao passar de muitos anos esses
Neandertais foram sendo extintos.
A competição com os novos humanos
pode ter sido um fator que levou a extinção dos neandertais, mas não foi o
único.
Um grande vulcão que entrou em
erupção na Itália na época do desaparecimento neandertal pode ter prejudicado
as duas populações – nós e eles.
E depois um resfriamento
climático, cerca de 40 mil anos atrás pode ter acabado com esse povo que já
estavam em baixo numero, tentando lidar com os homo sapiens.
Reconstrução H. Neandertal.
Os homo sapiens (Homem sábio), trata-se do homem moderno. Surgem aproximadamente
a 200 mil anos atrás, atingindo o comportamento que temos hoje a 50 mil anos, e
desde 30 mil anos atrás somos os únicos do gênero homo, que ainda estamos sobre
o planeta terra, depois da extinção dos homens de neandertal.
Nós conseguimos desenvolver o
auto conhecimento, o homo sapiens espalhou-se por toda a Terra, deixando variados
instrumentos de pedra, osso e marfim. Desenvolveu a pintura e a escultura,
passou a se expressar, somos descendentes diretos dos homo sapiens.
Todas as datações divergem de fonte para fonte, ate porque nem uma é data exata, coloquei aqui as mais aceitas, o assunto é gigantesco e com diversos outros caminhos, me retive na evolução humana, nos principais aspectos, tentando assim encontrar a melhor maneira de expor tudo que acho mais importante saber sobre a evolução humana. Tentando com isso salientar os aspectos mais importantes no meu ponto de vista.